Há 4 meses
Café da Manhã
8/26/2004
Café da Manhã
Pôs café
na chávena
Pôs leite
na chávena com café
Pôs açúcar
no café com leite
Com a colher
mexeu
Bebeu o café com leite
E pôs a chávena no pires
Sem me falar
acendeu
um cigarro
Fez círculos
com a fumaça
Pôs as cinzas
no cinzeiro
Sem me falar
Sem me olhar
Levantou-se
Pôs
o chapéu na cabeça
Vestiu
o impermeável
porque chovia
E saiu
debaixo de chuva
Sem uma palavra
Sem me olhar
Quanto a mim pus
a cabeça entre as mãos
E chorei.
Jacques Prévert
França
1900-1977
Pôs café
na chávena
Pôs leite
na chávena com café
Pôs açúcar
no café com leite
Com a colher
mexeu
Bebeu o café com leite
E pôs a chávena no pires
Sem me falar
acendeu
um cigarro
Fez círculos
com a fumaça
Pôs as cinzas
no cinzeiro
Sem me falar
Sem me olhar
Levantou-se
Pôs
o chapéu na cabeça
Vestiu
o impermeável
porque chovia
E saiu
debaixo de chuva
Sem uma palavra
Sem me olhar
Quanto a mim pus
a cabeça entre as mãos
E chorei.
Jacques Prévert
França
1900-1977
O peso em ouro
8/25/2004
É sempre aqui que me apanhas
Nas torrentes inseguras do meu querer e não querer
Aqui me ficam as palavras sem cor
Sempre repetidas
No sentimento repetido
Em mil vezes mil vezes
O que outros alugaram ao mundo leviano
Trago eu ás costas
Como um instinto
A melhor aprendizagem que fiz
A descoberta do mais pesado
A ganância do meu ser
O peso em ouro do teu coração
Nas torrentes inseguras do meu querer e não querer
Aqui me ficam as palavras sem cor
Sempre repetidas
No sentimento repetido
Em mil vezes mil vezes
O que outros alugaram ao mundo leviano
Trago eu ás costas
Como um instinto
A melhor aprendizagem que fiz
A descoberta do mais pesado
A ganância do meu ser
O peso em ouro do teu coração
Adriana Calcanhoto
8/24/2004
.
V'ambora
Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem, v'ambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz
Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Na cinza das horas
V'ambora
Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem, v'ambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz
Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Na cinza das horas
Eximio Bourdieu
8/24/2004
"Todo o poder assume uma dimensão simbolica: deve obter dos dominados uma forma de adesão que não assenta na decisão deliberada de uma consciencia ilustrada mas na submissão imediata e reflexa dos corpos socializados(...)Essas relações de poder assentam num conjunto de pares de opostos que funcionam como categorias de percepção.Os dominados constituem essas relações de poder do mesmo ponto de vista dos que afirmam o seu dominio fazendo-as aparecer como naturais" Pierre Bourdieu
fahrenheit 812
8/12/2004
A revolta inicia a busca.
o homem artificializa a natureza (ohn)
velha gaiteira(ohff)
a mecanica cromoossomática (soma dos cromos(caderneta(cadeia neta)))
o hermafroditismo (cadeia genética)
no pos-nascimento psicológico
ele é um cavalo no Éden,
eu comentei a tua finalização.
o homem artificializa a natureza (ohn)
velha gaiteira(ohff)
a mecanica cromoossomática (soma dos cromos(caderneta(cadeia neta)))
o hermafroditismo (cadeia genética)
no pos-nascimento psicológico
ele é um cavalo no Éden,
eu comentei a tua finalização.
A Flor
8/03/2004
Corpos celestes chocam de frente
Estilhaçam-se e dançam o resto dos dias
Eu vivo dentro da flor
Como me explicaram a flor
Filtrado um vitral de ti na pétala
Esqueço a variação ante a constância
O sangue quente a meu favor
Eu sonho quebrar-te a fronteira
E desejo extinguir-me em ti
Rena
Estilhaçam-se e dançam o resto dos dias
Eu vivo dentro da flor
Como me explicaram a flor
Filtrado um vitral de ti na pétala
Esqueço a variação ante a constância
O sangue quente a meu favor
Eu sonho quebrar-te a fronteira
E desejo extinguir-me em ti
Rena
Noite fora da pagina
8/03/2004
Deixei a noite cansada fora da página
O regresso deixou uma carta ao medo
Constato a invasão do absurdo e as palavras correm
Como o cintilar do ar vazio
Descubro a saudade antes da porta
E abraço-a depois de entrar.
Rena
O regresso deixou uma carta ao medo
Constato a invasão do absurdo e as palavras correm
Como o cintilar do ar vazio
Descubro a saudade antes da porta
E abraço-a depois de entrar.
Rena