As memórias

8/14/2005
O destino
O acaso
O “desacaso”
Quem sabe se foi a vingança
A paga pela inocência.
.
As coisas que aprendi
Ficam coladas ao dia em que aprendi
Como quem ainda hoje fala de ti quando criança
Tu és sempre criança, para quem te conheceu criança.
Para mim és tu, colado ao dito dia.
.
Tenho um canal que me liga lá
E nada aconteceu depois.
Não morreste na vingança
Como eu sei que morreste.
.

A realidade ficou numa qualquer hérnia,
Deixada para trás
A massajar o que passa,
O que vai passando.
A deixar concelhos,
A fazer comparações com as novas peças do xadrez.
.
Chega a ser enfadonha a presença sublime do legado
Não sei se sinto isto porque sinto,
Ou se sinto porque quero sentir,
Mas as memorias são coisas assim.
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O meu julgamento incriticável

8/11/2005
Li nas entrelinhas a mensagem
Fiz o julgamento
Quem é melhor que o EU-juíz
Quando o tempo confirma a ordem
Não me venham ecos de longe negar a verdade
A estupidez é minha que afino o ouvido à frequência maldizente
Vou encerrar a incerteza e a vaga à crítica
Quem não condenou ainda que volte noutra vida!
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Critica Humana

8/11/2005
Vejo a censura nas tuas palavras, humano
E a condenação de algo que não te compete julgar.
Mendigas pelo fim da solidão
Compras a convicção no outro,
Compras a farsa.
Aquele que não se mente não está só!
Por isso a tua aprovação vale nada.

A vida não tem dono
Não obedece a ninguém
A morte requer a aprovação de Deus!
Contenta-te tu com a triste culpa
Que a minha vida é maior!


Sapiens Geneboosted
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Dust in wonderland

8/08/2005
The days from past are laying
In abandoned crib are laying
But now I can see it
Now I can see

I’m alone, above it, I will fall asleep

I left nobody, behind
Started a new start
Living inside

But you still come
To call on me
You still come in my dark night
And you say “Hi”…

Tell me why
Tell me why
Why you still coming
Tell me why
Did I love you this hard?


Rena - Urium

Awake and found the silence
Did I love you this hard?
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(Sátira aos HOMENS quando estão com gripe)

8/02/2005
Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas,. creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisasna e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sózinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.



ANTÓNIO LOBO ANTUNES

Enviado pela Melissa.
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