No meu entender é bastante complicado para um antropólogo ceder a sua posição critica a um ideal ou partido político instituído que no fundo se apresenta como um arquétipo de filosofias mais ou menos puras, e como tal, tão repreensíveis como qualquer modelo ideal ou estático que se procure impor à realidade humana.
Obviamente reconheço que nada se faz sem sonhos, nada se concretiza sem apelos, sem “partidarismos” que concedam força ás causas. No entanto, e digo isto por experiência própria nesta minha igual tentativa enquanto futura antropóloga de ceder (enquanto cidadã) a minha força ás causas que defendo, confesso sentir sérias dificuldades em coadunar a consciência critica e relativista proveniente da minha formação que é por natureza relativista cultural e posicional com as normativas ideológicas que emergem forçosamente dentro dos partidos.
Tendo tomado consciência desta obrigatoriedade moral que parte da minha honestidade para comigo mesma, resta-me continuar apartidária (mesmo após as minhas rudimentares incursões nesse mundo tão atractivo que é a politica) e procurar o derradeiro elo que unifica coerentemente todas as minhas posições perante a realidade, politica, económica, cultural e social…que a avaliar pelo panorama político nacional, terei de ser eu mesma a descobrir.
Há 4 meses
24 de fevereiro de 2007 às 14:27
Por isso eu fujo às ideologias, ao ID...e me refugio na consciência da minha imperfeição:)
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