Insignificante musica russa

Restam-lhe os pombos
O sol é fraco
O corpo isolado descansa na esplanada
e deseja.
Deseja a vinda dos não humanos
Acredita,
Desacredita,
Volta a acreditar no novo milenarismo da solidão pos-moderna
Ali está
Sentado , o humano
Que se desumaniza.
Humano é o outro
É sempre o outro,
O cego, numa cega definição narcisica
Espera os não humanos enquanto a musica finda.
Foi-se a energia
Ficou o real sem anima
e o corpo desanimado num sol fraco e cheio de pombos
segurando os restos da insignificante musica russa.
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