O terreno desmorona-se ante meus olhos
Triste
Só eu o vejo desmoronar-se
Só eu, só o eu que existe
Os outros são pássaros
São pombos de olhos laranja pestanejando no jardim
Afastando-se quando passo
Outros voando sobre mim
Mas o mundo desmorona-se
Pedra a pedra
Ruge bem alto mas ninguém ouve.
Será o mundo?
A mente?
Será o mundo da mente?
Não creio,
Nem tão pouco podia crer que me anularia
É externo,
É o exterior que se corrompe e cai como fruta madura
Como fruta que não comi e que adoça agora a terra dos pombos
Caída
No meio segundo que me separa a cabeça dos pés.
Há 4 meses
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